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10.3.06


Depois de responder polida e educadamente a um fora que levei de um certo rapaz com o qual fiquei dia desses, algumas cenas vieram à minha mente durante o término amigável. Malignamente, confabulei e imaginei aquela situação sob diferentes ângulos, estes, mais adequados ao meu real sentimento diante de tal fato:

- Endora... Aquilo que rolou entre a gente... eu não esperava que acontecesse... me pegou de surpresa... Eu já estava ficando com outra menina antes, o que me deixou muito mal... e no sábado, depois do Carnaval, eu comecei a namorar com essa garota, tudo aconteceu muito rápido, eu fiquei até meio atordoado... desculpa por não te falar isso antes, é que eu não tive coragem. Não quero passar a idéia de canalha, que é algo que eu nunca fui...

Nesse momento, faço uma expressão apática, envolvo-me em um olhar blasé, faço de conta que não é comigo, resmungando sorrateiramente: “E sua mãe? Vai bem?”.

* * *

- ...é que eu não tive coragem. Não quero passar a idéia de canalha, que é algo que eu nunca fui...

Nesse momento, munida de uma fúria incontrolável, pego a cabeça do rapaz e soco-a, direto contra a parede. Com o impacto, as lentes de seus óculos quebram e, me aproveitando de seus cacos, passo a inseri-las, cuidadosamente nos olhos do tal rapaz. Não obstante (e irritada com os berros proferidos pelo indivíduo), vejo que logo ao meu lado, estão um par de agulhas de tricô. Pego a primeira e insiro-a pelo ouvido esquerdo do garoto e a outra, pela sua narina direita, me preocupando em fazer um perfeito ângulo de 90 graus quando, finalmente, conseguir com que ambas encontrem-se na altura da sua hipófise – a glândula do tamanho de uma ervilha responsável por parte dos estímulos sexuais humanos. Depois de mutilá-la, retiro as agulhas de tricô dos ouvidos e narinas, respectivamente, e finalizo meu acesso de fúria chamando o rapaz de “bobão!”.

* * *

- ...é que eu não tive coragem. Não quero passar a idéia de canalha, que é algo que eu nunca fui...

Nesse momento, elefantes desgovernados da Tailândia invadem a sala fazendo um cerco em volta do rapaz. Surgem então, canibais selvagens que pegam o garoto pelos braços e o amarram, sempre com suas lanças voltadas para o pescoço do infeliz. Em seguida, macacos treinados na Nova Zelândia aproximam-se, pululantes, trazendo pacotes de MM´s repletos de formigas carnívoras, que são jogadas lentamente sobre o corpo do garoto. Incapaz de esboçar qualquer reação diante de cena tão tórrida e bizarra, restrinjo-me a observar o acontecimento, propondo depois aos elefantes, canibais, macacos e formigas um brinde ao dia do Telefone e do Sogro, comemorados hoje, dia 10 de março.