6.3.06
Certa vez, antes de dormir, ouviu um barulho que vinha debaixo da cama. Encolheu-se entre as cobertas, tapou os ouvidos colocando o travesseiro sobre a cabeça e adormeceu invadida pelo medo.
Nas noites seguintes, nada mudou. Ouvia o barulho, encolhia-se, puxava o travesseiro e dormia sentindo a presença do monstro.
Chegou a espiar, certa vez, por uma fresta do travesseiro e viu o vulto perto da janela, graças a luz que entrava por ela. Voltou a cabeça para a cama e, aterrorizada, rezou doze aves-maria e pegou a santinha no criado-mudo – mas bem rapidamente – pois o monstro poderia segurar a mão dela.
Um dia, sentiu vontade de fazer xixi mas tinha medo de sair da cama, afinal, o monstro ficava embaixo dela e poderia agarrar-lhe o pé. Ficou na cama mesmo, segurou o quanto pôde, até não agüentar mais e molhar todo o colchão.
Os anos passaram até que um dia superou o medo, enfiou-se debaixo da cama e perguntou ao tal monstro o que ele realmente queria.
- Apenas um copo d’água – disse ele.
Nas noites seguintes, nada mudou. Ouvia o barulho, encolhia-se, puxava o travesseiro e dormia sentindo a presença do monstro.
Chegou a espiar, certa vez, por uma fresta do travesseiro e viu o vulto perto da janela, graças a luz que entrava por ela. Voltou a cabeça para a cama e, aterrorizada, rezou doze aves-maria e pegou a santinha no criado-mudo – mas bem rapidamente – pois o monstro poderia segurar a mão dela.
Um dia, sentiu vontade de fazer xixi mas tinha medo de sair da cama, afinal, o monstro ficava embaixo dela e poderia agarrar-lhe o pé. Ficou na cama mesmo, segurou o quanto pôde, até não agüentar mais e molhar todo o colchão.
Os anos passaram até que um dia superou o medo, enfiou-se debaixo da cama e perguntou ao tal monstro o que ele realmente queria.
- Apenas um copo d’água – disse ele.