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27.6.04


NÉ?

Eu sempre detestei dar presente pras pessoas e depois escrever no cartão coisas do tipo: “Adoro você!” ou “Você é uma pessoa super especial” e blás. Sempre achei isso o cúmulo da falta de criatividade. E se tem uma coisa que me irrita nesse mundo é gente lugar-comum.

Então, eu comprei o livro e ontem decidi escrever um cartãozinho pra entregar junto. Obviamente, eu não escrevi nenhuma dessas baboseiras que, sinceramente, eu acredito que não tenham nenhuma necessidade de serem escritas, uma vez que, quando você gosta de alguém, coisas como “Você é legal” ou “Gosto de estar com você” são mais do que evidentes.

Legal mesmo nesse casos, são a as piadinhas internas. Aquelas coisas que só você e a pessoa sabem do que se tratam, portanto, quando um dos dois ler, vai sacar na hora o que estava sendo dito naquele momento. Enquanto todo o resto do mundo fica perguntando “Hã?”.

Pensei em fazer uma. Mas meu senso de humor não estava lá dos melhores. Eu poderia me utilizar de diversas palavras específicas da nossa comunicação como “mega”, “cinza”, “trash”, “tosco”, “tipo”, “bizarro” ou “né” pra tentar fazer alguma analogia infame. Sim, porque estamos quase batendo o recorde nacional de pronúncia dessas ditas cujas... A cada 5 frases nossas, as 5 possuem, pelo menos, uma das palavras relacionadas acima.

Então, como o presente era um livro, mais especificamente, “1984” do George Orwell, resolvi escrever a primeira coisa que veio à minha cabeça:

“Pra você ficar mais ‘curto’, já que você é um tanto comprido”.

Depois, pensei que isso também pudesse ser uma piadinha interna já que ele é um garoto bem alto e eu sempre falo que ele é comprido... Acho que ninguém sabe que eu o chamo de Comprido ou de Tosco... Mas, saiu a frase e foi essa mesma que acabou indo pro yellow card.

Horas depois de entregar o presente, achei que seria sensato dizer que o cartão estava na sacola da livraria, uma vez que ele poderia jogá-la sem sequer se certificar se havia ou não algo ali dentro...

Ele: Trocadilho infame, hein?

Tudo bem, o trocadilho foi infame, mas eu ainda acho que é mais legal do que ler um cartão com as mesmas baboseiras de sempre... É incrível como os seres humanos tendem a fazer e falar as mesmas coisas... outro dia eu fui assinar um cartão de aniversário lá no escritório. Era pra uma garota da área Operacional que é super gente boa. Todo mundo escrevendo “Adoro você”, “Muitas felicidades” e tals... E eu escrevi:

“Dê a você seu melhor presente: VOCÊ MESMA.”

Não sei se ela entendeu. Espero que sim. E se não tiver entendido, que ela pelo menos gaste alguns minutos da vida dela tentando interpretar o que foi escrito...

E com ele foi a mesma coisa. Coloquei o cartão na sacola pensando que ele talvez não compreendesse o sentido da frase. Mas ele é um garoto inteligente. Tenho certeza de que ele entendeu, sim.

Aliás, acho que ficaremos um tempo sem nos ver. Tenho quase certeza de que ele vai pra Atenas disputar na categoria de Maratonistas! O garoto é um meeeeeeega atleta! UAHUAHAUHAUHAUHAUAHUAHA!!!

Cala a boca, Endora!

Tudo bem! Tudo bem! Já calei...

Estou de férias! EEEEEEEEEEE!!!

Vou dormir todo dia até o meia dia! EEEEEEEEEEE!!!

Vou no cinema pegar a sessão das duas da tarde em plena Quarta-feira! EEEEEEEEEEE!!!

E eu fiquei revoltada em saber que foi a Laura que matou o Lineu! Ah, meu! Num vale! Ela já era vilã! Não se fazem mais novelas como antigamente... não se fazem mais vilãs como antigamente!!! Ou vocês acham que a Maria Clara teria alguma chance se a Perpétua ou a Maria de Fátima estivessem na mesma novela?

Endora recomenda: Leiam o blog do Mr. Kelby. Ele apareceu do nada aqui nos meus comentários, deixou o link e eu fui ler o blog dele. Tipo... textos com humor ácido e sarcástico, exatamente do jeito que eu gosto! Na minha próxima lista de links, já estará mais do que incluído...

E atenção: o filme “JackAss”, por mais tosco e nojento que seja, pode sim, ser um grande aliado quando você tem segundas intenções... Rá rá!