17.5.04
TUDO O QUE PODIA TER SIDO FEITO
Você quer falar...
... e não fala.
Você quer dar um beijo...
... e não dá.
Ele também quer falar...
... e não fala.
Ele também quer te dar um beijo...
... e não dá.
E você só descobre essas coisas no dia seguinte.
* * *
Muitas coisas aconteceram do dia do post anterior pra cá. Depois de curtir meio que, aquela fossa temporária, resolvi me transportar pro mundo real novamente.
Na sexta-feira, eu fui tocar com os caras do Para Sempre Roupas de Vó, banda do meu amigo Lambretudo. Vou tocar com eles por um tempo, até a galera da banda em que eu tocava antes se reunir de novo... Pois é. Demos uma paradinha básica para... digamos... “Reflexões Espirituais”. Ok, ok... não tentem entender...
Como eu sou uma baita caipirona e só sei andar de carro pelo ABC Paulista [o Filipe, aka baixista da outra banda, que o diga!], chamei o Sr. Super Massa pra ir me guiando. E ele foi comigo lá pro estúdio, pagar por todos os pecados dele... Uhauahuahauhauahuaha!!!
O som dos caras é bom. Teve uma música que ficou tão legal, mas tão legal, que a gente tocou duas vezes seguidas! Eu cheguei lá atrasada. Meio que me apresentei de longe e já fui pra bateria, tocar de improviso mesmo! Até que ficou legal. Não como eu queria, mas isso é só uma questão de tempo. Preciso ouvir mais as músicas deles e fazer um som compassado, com os tempos mais certos.
Whatever.
Fim do ensaio. O Massa me leva prum lugar na Paulista chamado “Metrópolis”. Faixa etária do local: 30 a 40 anos. É... um mega antro de Tios Sukita. Chego lá e tá uma banda tocando B52’s. Até aí, beleza. Até que começa a rolar Shania Twain...
Putaqueopariu! Eu vou matar o Massa!!!
E os tiozinhos e tiazinhas indo ao delírio...
“Oh, oh, oh... Go totally crazy
Forget I'm a lady...”
Mano... que tortura que era ouvir aquilo... Eu tava quase pedindo uma pinga com limão! E aqueles passinhos country? Meu, eu não tava acreditando... Tava me sentindo no “Estância do Alto da Serra”!!! Tava quase vendo a hora de chegar a comitiva “Trem que Pula” ali...
E eu lá, em pé, olhando pro telão. Tava passandoum DVD de um show dos Stones. Mentaliza, Endora! Mentaliza! Olha pro Mick Jagger e tenta imaginar que música ele tá cantando... Seria “Wild Horses”? Não, não... ele tá se contorcendo como uma lombriga... Deve ser... deixa eu pensar... “Don’t Stop”? “Jumpin’ Jack Flash”? Talvez... “Start Me Up”... ou...
Tiozinho 1: Oi Princesa!
M.E.D.O.!
Eu: Volta pro lago, monstro!
Num deu 10 minutos e veio outro...
Tiozinho 2: Tá sozinha?
Eu: Não. Tô com meu amigo imaginário.
Adoro dar esses foras!!! Rá rá! Tô começando a me divertir! Será que se eu continuar aqui, parada que nem poste, com cara de cachorro pidão, vem mais???
Tiozinho 3: Quer? - *me oferecendo a bebida que tava na mão dele*
Eu: Eu não! Vai que tem algum sonífero aí! Ou pior: vai que você deu uma cuspida no copo...
O cara começou a dar uma risada como se dissesse: “Ah... essas crianças!”
Tiozinho 3: Ah... fala sério, GAROTA!
Eu: Tô falando, TIO!
E eu ainda fui legal, porque eu podia ter falado: “Mano: vaza porque meu pai é mais novo que você!”
E o momento de profanação mór foi ouvir a mina da banda que tava tocando lá, cantar Ozzy.
Vai queimar no fogo do inferno! E o Marilyn Manson vai te atormentar pelo resto da sua vida!
O horror. O horror.
E foi debaixo de uma tonelada de cobertores que eu acordei no Sábado. Com a cara mais amassada que uva passa e com o cabelo no melhor estilo “Edward Mãos de Tesoura”. Sério! Eu tenho medo de me olhar no espelho quando eu acordo...
Eu fui tomar banho, mais pra lá do que pra cá. Eu ia sair à noite. E não era com o Leandro, aka P.A. [quer dizer, ex-P.A]. Sei lá. Desencanei. Num queria mais sair com ele. Não achava justo sabe? Ele até me ligou e tudo mas eu dei a desculpa mais batida pra quando você não quer sair com a pessoa no Sábado à noite:
Eu: Cara... num vai rolar... tenho um casamento pra ir, sabe?
Entenderam? Casamento, Sábado... Sábado, casamento... É infalível! Não gera discussão muito menos controvérsia!
Peguei minha amiga na casa dela e a gente saiu. Eu ia encontrar uns amigos, tomar cerveja... Na verdade, eu fui encontrar com o baixista da outra banda e com uns amigos dele... e, no meio desses amigos, tinha um com quem eu já conversava pelo msn e... bom... tipo... sabe? Como eu posso dizer... O cara é legal. Bem legal, por sinal. Aliás, ele é MUITO legal, se é que vocês me entendem... Mais do que eu imaginava...
E no boteco que a gente foi, ele sentou do meu lado. E a gente conversou, conversou, conversou... Chegou uma hora em que a gente nem tava mais falando com o restante do povo...
E as mesmas bizarrices que a gente falava no msn foram assunto na nossa conversa... e a gente ria pra caralho... e com umas pingas a mais na cabeça, tudo fica mais engraçado também!
Hora do tchau. Abraço apertado. Daqueles que tira o seu pé do chão.
Nossa... Controle-se Endora! Controle-se! É só um abraço!
Eu queria falar...
... e não falei.
Eu queria dar um beijo...
... e não dei.
E no dia seguinte a gente se encontrou novamente no msn, onde o assunto principal foi o encontro do dia anterior.
Na verdade, no começo foram só banalidades. Acho que nenhum dos dois estava com coragem de falar o que realmente tava pensando. Até que...
Endora diz: Meu... vamos parar de nos fazer de desentendidos...
*Ele* diz: Por mim, tudo bem! Vamos falar só com sinceridade agora?
Endora diz: Sim! E tudo o que um perguntar pro outro tem de ser respondido assim!
*Ele* diz: Então tá. Quem começa? Porque eu quebro suas pernas só com uma pergunta!
Endora diz: Rá rá rá! Você, quebrar minhas pernas? É ruim hein!
*Ele* diz: Lá vai: você queria me beijar ontem, né?
*PÂNICO*
*PÂNICO*
*PÂNICO*
Caralho, Endora! E agora? Você vai responder o quê, PORRA? Pensa rápido! Pensa rápido! Pensa rápido!
Endora diz: Sim. Eu queria. E você?
*Ele* diz: Eu também queria.
CA – RA – LHO !!!
E aí eu fiquei com aquela cara de “Dã!”, quis dar uns tapas na minha própria cara, mas, pensando bem, percebi que tinha sido melhor assim... Tinha um monte de gente lá, acho que não ia ser tão legal com todo mundo ali, vendo... E eu falei isso pra ele...
*Ele* diz: É... quando tem um monte de gente junto assim, é embaçado mesmo, mas... então...
Endora diz: Então...?
*Ele* diz: Quando VOCÊ e EU vamos sair?
HOJE! JÁ! AGORA! NESTE EXATO MOMENTO!!!
Endora diz: Huuuuuuuuummm... deixa eu ver...
Vai, Endie! Faz um charminho... num aceita assim de primeira né? Ah, não! Deixa de frescura! Aceita logo!!!
Endora diz: Sei lá... Sábado?
*Ele* diz: É... eu não vou conseguir estudar no Sábado à noite mesmo... Então tá marcado!
A gente ficou mais alguns minutos conversando, até ele ter de sair.
Fui pra debaixo das minhas cobertas. Fiquei assistindo “X-Games” com o Fornoquinho.
Queria ser uma versão feminina do Dave Mirra ou do Travis Pastran...
Rolê de canal.
Fantástico.
Pedro Bial: E agora, em primeira mão, o novo clipe de Alanis Morissette: “Everything”.
Eu: Não é possível...
E lá veio o frio na barriga... Sai! Sai! Sai! Eu não vou me apaixonar! Não vou! E nem vou deixar essa música maldita amolecer meu coração! Não, não e nãããããããããããão!!!
Como se adiantasse muito...
Alanis maldita...
Você quer falar...
... e não fala.
Você quer dar um beijo...
... e não dá.
Ele também quer falar...
... e não fala.
Ele também quer te dar um beijo...
... e não dá.
E você só descobre essas coisas no dia seguinte.
* * *
Muitas coisas aconteceram do dia do post anterior pra cá. Depois de curtir meio que, aquela fossa temporária, resolvi me transportar pro mundo real novamente.
Na sexta-feira, eu fui tocar com os caras do Para Sempre Roupas de Vó, banda do meu amigo Lambretudo. Vou tocar com eles por um tempo, até a galera da banda em que eu tocava antes se reunir de novo... Pois é. Demos uma paradinha básica para... digamos... “Reflexões Espirituais”. Ok, ok... não tentem entender...
Como eu sou uma baita caipirona e só sei andar de carro pelo ABC Paulista [o Filipe, aka baixista da outra banda, que o diga!], chamei o Sr. Super Massa pra ir me guiando. E ele foi comigo lá pro estúdio, pagar por todos os pecados dele... Uhauahuahauhauahuaha!!!
O som dos caras é bom. Teve uma música que ficou tão legal, mas tão legal, que a gente tocou duas vezes seguidas! Eu cheguei lá atrasada. Meio que me apresentei de longe e já fui pra bateria, tocar de improviso mesmo! Até que ficou legal. Não como eu queria, mas isso é só uma questão de tempo. Preciso ouvir mais as músicas deles e fazer um som compassado, com os tempos mais certos.
Whatever.
Fim do ensaio. O Massa me leva prum lugar na Paulista chamado “Metrópolis”. Faixa etária do local: 30 a 40 anos. É... um mega antro de Tios Sukita. Chego lá e tá uma banda tocando B52’s. Até aí, beleza. Até que começa a rolar Shania Twain...
Putaqueopariu! Eu vou matar o Massa!!!
E os tiozinhos e tiazinhas indo ao delírio...
“Oh, oh, oh... Go totally crazy
Forget I'm a lady...”
Mano... que tortura que era ouvir aquilo... Eu tava quase pedindo uma pinga com limão! E aqueles passinhos country? Meu, eu não tava acreditando... Tava me sentindo no “Estância do Alto da Serra”!!! Tava quase vendo a hora de chegar a comitiva “Trem que Pula” ali...
E eu lá, em pé, olhando pro telão. Tava passandoum DVD de um show dos Stones. Mentaliza, Endora! Mentaliza! Olha pro Mick Jagger e tenta imaginar que música ele tá cantando... Seria “Wild Horses”? Não, não... ele tá se contorcendo como uma lombriga... Deve ser... deixa eu pensar... “Don’t Stop”? “Jumpin’ Jack Flash”? Talvez... “Start Me Up”... ou...
Tiozinho 1: Oi Princesa!
M.E.D.O.!
Eu: Volta pro lago, monstro!
Num deu 10 minutos e veio outro...
Tiozinho 2: Tá sozinha?
Eu: Não. Tô com meu amigo imaginário.
Adoro dar esses foras!!! Rá rá! Tô começando a me divertir! Será que se eu continuar aqui, parada que nem poste, com cara de cachorro pidão, vem mais???
Tiozinho 3: Quer? - *me oferecendo a bebida que tava na mão dele*
Eu: Eu não! Vai que tem algum sonífero aí! Ou pior: vai que você deu uma cuspida no copo...
O cara começou a dar uma risada como se dissesse: “Ah... essas crianças!”
Tiozinho 3: Ah... fala sério, GAROTA!
Eu: Tô falando, TIO!
E eu ainda fui legal, porque eu podia ter falado: “Mano: vaza porque meu pai é mais novo que você!”
E o momento de profanação mór foi ouvir a mina da banda que tava tocando lá, cantar Ozzy.
Vai queimar no fogo do inferno! E o Marilyn Manson vai te atormentar pelo resto da sua vida!
O horror. O horror.
E foi debaixo de uma tonelada de cobertores que eu acordei no Sábado. Com a cara mais amassada que uva passa e com o cabelo no melhor estilo “Edward Mãos de Tesoura”. Sério! Eu tenho medo de me olhar no espelho quando eu acordo...
Eu fui tomar banho, mais pra lá do que pra cá. Eu ia sair à noite. E não era com o Leandro, aka P.A. [quer dizer, ex-P.A]. Sei lá. Desencanei. Num queria mais sair com ele. Não achava justo sabe? Ele até me ligou e tudo mas eu dei a desculpa mais batida pra quando você não quer sair com a pessoa no Sábado à noite:
Eu: Cara... num vai rolar... tenho um casamento pra ir, sabe?
Entenderam? Casamento, Sábado... Sábado, casamento... É infalível! Não gera discussão muito menos controvérsia!
Peguei minha amiga na casa dela e a gente saiu. Eu ia encontrar uns amigos, tomar cerveja... Na verdade, eu fui encontrar com o baixista da outra banda e com uns amigos dele... e, no meio desses amigos, tinha um com quem eu já conversava pelo msn e... bom... tipo... sabe? Como eu posso dizer... O cara é legal. Bem legal, por sinal. Aliás, ele é MUITO legal, se é que vocês me entendem... Mais do que eu imaginava...
E no boteco que a gente foi, ele sentou do meu lado. E a gente conversou, conversou, conversou... Chegou uma hora em que a gente nem tava mais falando com o restante do povo...
E as mesmas bizarrices que a gente falava no msn foram assunto na nossa conversa... e a gente ria pra caralho... e com umas pingas a mais na cabeça, tudo fica mais engraçado também!
Hora do tchau. Abraço apertado. Daqueles que tira o seu pé do chão.
Nossa... Controle-se Endora! Controle-se! É só um abraço!
Eu queria falar...
... e não falei.
Eu queria dar um beijo...
... e não dei.
E no dia seguinte a gente se encontrou novamente no msn, onde o assunto principal foi o encontro do dia anterior.
Na verdade, no começo foram só banalidades. Acho que nenhum dos dois estava com coragem de falar o que realmente tava pensando. Até que...
Endora diz: Meu... vamos parar de nos fazer de desentendidos...
*Ele* diz: Por mim, tudo bem! Vamos falar só com sinceridade agora?
Endora diz: Sim! E tudo o que um perguntar pro outro tem de ser respondido assim!
*Ele* diz: Então tá. Quem começa? Porque eu quebro suas pernas só com uma pergunta!
Endora diz: Rá rá rá! Você, quebrar minhas pernas? É ruim hein!
*Ele* diz: Lá vai: você queria me beijar ontem, né?
*PÂNICO*
*PÂNICO*
*PÂNICO*
Caralho, Endora! E agora? Você vai responder o quê, PORRA? Pensa rápido! Pensa rápido! Pensa rápido!
Endora diz: Sim. Eu queria. E você?
*Ele* diz: Eu também queria.
CA – RA – LHO !!!
E aí eu fiquei com aquela cara de “Dã!”, quis dar uns tapas na minha própria cara, mas, pensando bem, percebi que tinha sido melhor assim... Tinha um monte de gente lá, acho que não ia ser tão legal com todo mundo ali, vendo... E eu falei isso pra ele...
*Ele* diz: É... quando tem um monte de gente junto assim, é embaçado mesmo, mas... então...
Endora diz: Então...?
*Ele* diz: Quando VOCÊ e EU vamos sair?
HOJE! JÁ! AGORA! NESTE EXATO MOMENTO!!!
Endora diz: Huuuuuuuuummm... deixa eu ver...
Vai, Endie! Faz um charminho... num aceita assim de primeira né? Ah, não! Deixa de frescura! Aceita logo!!!
Endora diz: Sei lá... Sábado?
*Ele* diz: É... eu não vou conseguir estudar no Sábado à noite mesmo... Então tá marcado!
A gente ficou mais alguns minutos conversando, até ele ter de sair.
Fui pra debaixo das minhas cobertas. Fiquei assistindo “X-Games” com o Fornoquinho.
Queria ser uma versão feminina do Dave Mirra ou do Travis Pastran...
Rolê de canal.
Fantástico.
Pedro Bial: E agora, em primeira mão, o novo clipe de Alanis Morissette: “Everything”.
Eu: Não é possível...
E lá veio o frio na barriga... Sai! Sai! Sai! Eu não vou me apaixonar! Não vou! E nem vou deixar essa música maldita amolecer meu coração! Não, não e nãããããããããããão!!!
Como se adiantasse muito...
Alanis maldita...
