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18.5.04


SER MULHER TEM LÁ SUAS VANTAGENS...

* * *

POST NÚMERO 100!!! EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!

* * *

É cruel ficar menstruada? É!

É foda ter de fazer depilação? E como!

E fazer escova no cabelo então? Ninguém merece!

Mas ser mulher tem muitas vantagens. Eu disse: MUITAS!

* * *

Mamãe Endora: Vai sair com o carro?

Eu: Vou.

Mamãe Endora: A luz de ré do carro não tá funcionando.

Eu: Foda-se!

Mamãe Endora: A de freio também não.

Eu: Como assim?

Mamãe Endora: E a seta também tá com alguma pane...

Eu: QUEM QUEBROU TUDO ISSO?

Tá bom, tá bom... eu não sou lá uma pessoa que cuida muito bem do carro. Não tenho essa paixão que os homens normalmente tem, sabe? Eu nunca calibrei pneu, nunca mandei lavar e vivo ralando as rodas quando vou estacionar. Sem contar que eu dei uma amassada federal no pára-choque outro dia... mas a culpa não foi minha! Eu dei ré e um poste apareceu do nada! Eu juro!!! Rs...

Mas a questão era que, com esse monte de coisa importante sem funcionar, eu fui obrigada a levar o Black Endie no auto-elétrico na hora do almoço...

Sabe como é que é nesses lugares né? Um monte de carro com o capô aberto parado na frente do lugar, uma meia dúzia de homens sujinhos olhando pra motores como se estivessem olhando pra uma mulher pelada e é claaaaaaaaaro: TV LIGADA NO GLOBO ESPORTE!!!

E lá chego eu, no meu carro véio e sujismundo. Ainda bem que eu parei certinho de primeira. Ia ser feio ficar fazendo manobra pra parar o carro numa vaga reta!!!

Saí do carro com as minhas pernocas de fora [já que hoje eu vim trabalhar de saia] e com cara de “Tá! E agora o que é que eu faço?”

Eu: Oi. Sabe o que é que é? Meu carro deve estar com umas panes aí, sabe? Não tá acendendo luz de ré, nem de freio... a seta tá zuada...

E o garoto, que devia ter no máximo uns 16 anos, só olhando pros meus peitos...

Garoto: A-ham...

Foi aí que eu olhei pros meus airbags e, sem trocadilhos, vi que meus faróis estavam “acesos”... Meu, tava mó frio, um vento mega gelado... Num tinha como!!!

Eu: Então, bonitinho? Que é que eu faço?

Garoto: Não... a senhora num faz nada naum... deixa que eu olho...

Pras minhas pernas?

Eu: . . .

Garoto: . . .

Eu: Ow! Vai lá olhar então né?

Garoto: Ah, tá... tá...

Eu: E ó! Senhora tá no céu, porque eu tenho, no máximo, idade pra ser sua irmã mais velha...!

O garoto foi lá, deu uma olhada... falou o nome de alguma coisa lá que eu nem lembro e que não devia estar funcionando...

Garoto: É essa pecinha aqui, ó...

Eu: Ah tá...

Como seu eu soubesse muito o que era aquilo...

Eu: E as outras coisas?

Dessa vez, ele tava olhando pra minha bunda. Fiquei imaginando que, das duas, uma: ou NUNCA uma mulher pisou naquele auto-elétrico ou ele ainda devia ser virgem e estar louco pra catar alguma mina mais velha pra tirar essa “pureza” dele... Porque o negócio ali tava feio...

Garoto: Que coisas?

Eu: A luz de ré, de freio...

Garoto: Ah é! Eu vou chamar o Gustavo pra ver a luz de ré. A de freio acho que é só trocar a lâmpada...

E lá se foi o garoto. E eu ainda pude ver enquanto acendia o meu cigarro, aquela breve entortada no pescoço, típica dos homens, pra dar ainda uma última olhada na minha bunda...

E eu lá, só pensando em quanto ia me custar essas porcarias todas!

Imaginei que esse tal Gustavo deveria ser o “responsável” pelo lugar. Ou pelo menos, um cara mais entendido de coisas elétricas de carros... Com certeza, ele deveria ser mais velho e, consequentemente, menos tarado que o tal garoto...

Provavelmente é gordo e feio também. E tão sujismundo quanto o moleque...

Gustavo: Oi. Tudo bem?

CA – RA – LHO!!!

Eu [com um sorrisão de orelha a orelha]: Oooooi...

Pois é. Sujismundo ele era. Mas não era nada gordo. Muito menos feio...

Gustavo: O Fábio já arrumou a seta e a luz de freio né?

Eu [com corações pululando sobre a minha cabeça]: É...

Gustavo: Deixa eu ver a luz de ré...

E lá vai o cara deitar naquele chão imundo, cheio de óleo, olhar embaixo do meu carro...

Pára de olhar pro tórax definido dele, Endora! Pára de olhar pra esses braços fortes! Pára de olhar pra essa barriga de tanque de lavar roupa que o cara tem! Pára! Pára! Pááááááára!!!

Só que o cara era pilantra, porque eu vi ele olhando pras minhas pernas de lá debaixo do carro!

Rá rá...!

E aí eu comecei a andar perto do carro, dar umas voltinhas... começou a tocar a música nova da Alanis no rádio de lá [essa música tá me perseguindo...], aí eu fiquei batendo o meu pé no chão, com aquela sandália de num sei quantos centímetros de salto... resolvi sentar no sofazinho, dar uma cruzada nas pernas...

Homem é um bicho bobo mesmo, né? Nossa!!! Como homem é besta! Você nem precisa ser bonita nem nada. É só botar um decote ou uma saia um pouco mais curta que os caras já ficam todos lá... olhando que nem uns mongos!

Gustavo: Prontinho moça!

Eu: Legal... e... quanto eu te devo?

Gustavo: Ah... tipo... deixa eu ver...

Lá vem a paulada!

Gustavo: Ah, moça! Paga só a lâmpada do freio! Cinco reáu!

Nossa... “Cinco RÉAU” é foda...

Eu: Ah não... que é isso? Pode falar quanto ficou tudo!

Gustavo: Que é isso moça! A gente só trocou um negocinho de nada aí... A mão de obra fica por conta da casa!

Eu: Ah... Então tá... Voltarei mais vezes aqui...

E o cara me deu uma olhada de cima abaixo enquanto dizia...

Gustavo: Pode vir... pode vir mesmo...

Nessa hora deu medo! Tudo bem que o cara era gatinho, mas... MANO! Na boa: ele tava com uma cara de pshyco!!! Eu entrei correndo no meu carro, tomando muito cuidado para não abrir as pernas enquanto sentava no banco...

Já tava dando ré no carro, louca pra ir embora, quando o cara me aparece na janela com um cartão...

Gustavo: Ó moça... quando precisar...

Eu: Ah... brigada...

Você atende em casa também?

Eu: Você atende em casa também?

Endora do céu! Sua piranha! Cala essa boca agora!!!

Gustavo: Ah... a gente até atende né?

Eu: Er... então... legal... é... tipo assim... brigada entaum!

E saí fora.

É... pensando bem... o cara é gatinho, me cobrou só a lâmpada... bom, bom... da próxima vez eu volto lá com um decote...