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16.1.04


DEVE SER A TPM

Por que toda vez tem que tocar uma música daquelas que batem bem lá no fundo do coração no final dos episódios de Cold Case? Da outra vez foi “Have You Ever See The Rain”. Hoje foi “Heaven”. E eu lá, deitada no sofá, chorando descontroladamente, feito uma neurótica e comendo minha pizza de palmito, enquanto assistia ao episódio.

Foi uma história emocionante, não vou negar. O final também foi surpreendente. E se não bastasse isso, começa a tocar a música com a tradução aparecendo na legenda...

Baby you're all that I want
[Querida, você é tudo que eu quero]

When you're lyin' here in my arms
[Quando você está deitada aqui em meus braços]

I'm findin' it hard to believe
[Eu estou achando difícil de acreditar]

We're in heaven
[Nós estamos no céu]

Eu: Shunf, shunf... shu-shu-shunf... shuuuuuuuunf... shunf, shunf... ai, que lindo... quer dizer, bem feito pro assassino... mas, que bonito o que ela fez pela filha... quando eu crescer eu quero ser como a detetive Ellen Rush...

Fornocker: Tá falando comigo?

Eu: NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!! Schunf.

Fornocker: Por que você tá chorando? O cara vai ser preso! A filha da mulher morreu! Não teve final feliz!

Eu: Mas eu gosto dessa música... essa música é bonita... e o que a Rose fez pela filha dela foi lindo...

Fornocker: Quem é “Rose”?

Eu: Seu imbecil! A mulher do filme!

Fornocker: Mas a mulher não é a Ellen Rush?

Eu: Não! A Ellen Rush é a detetive. A Rose era a mulher que tava em coma e que acordou depois de dois anos. A filha dela morreu, você num viu!?

Fornocker: É... tô começando a entender...

Eu: Como assim, “começando a entender”? Você é a única pessoa que eu conheço que conseguiu entender Matrix na primeira vez que assistiu e...

Fornocker: Aliás, graças a mim você conseguiu entender esse filme depois de assistir quatro vezes...

Eu: Então, seu cretino: você entendeu Matrix de primeira e não consegue entender um episódio de “Cold Case”?

Fornocker: Não. Eu estava prestando atenção nos peitos da Suellen Bush.

Eu: É “Ellen Rush”! “ELLEN RUUUUUUUSH”!!!

Desisti de fazer meu irmão entender a significância de “Cold Case” para a humanidade. O episódio já tinha terminado mesmo. Foi então que eu lembrei!

A minha mãe tem o CD tosco do Bryan Adams que tem “Heaven”!!!

Eu: Cadê o CD do Bryan Adams?

Fornocker: Espero que alguém tenha feito o favor de jogar aquela bosta no lixo.

Eu: Naaaaaaaaaaaaaaum!!! Eu quero uma música de lá!!!

Fornocker [com uma cara de espanto que eu nunca vi]: Você? Ouvindo Bryan Adams? Tá na fossa mesmo...

Eu: Olha aqui: eu não estou na fossa! Eu apenas estou um pouco mais sensível que o normal.

E revirei a casa inteira, em busca do CD. E o encontrei.

E eu vou passar a minha TPM inteira ouvindo aquela voz rouca e sexy do Bryan Adams dizendo “Baby, you´re all that I want...” Ié! Eu sou tudo o que o Bryan Adams precisa!!!

AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!! E me ocorreu uma coisa agora que vai, digamos assim, amenizar a curiosidade de muitos! O Dall´anese é parecido com o Bryan Adams! É! É isso! ELE SE PARECE COM O BRYAN ADAMS! Ele também é loiro, tem olho verde... O DALL´ANESE PARECE O BRYAN ADAMS!!!

Ai, meu Deus! Agora sim eu vou ficar ouvindo “Heaven” pelo resto da minha vida, enquanto coraçõezinhos e equações matemáticas pululam sobre a minha cabeça...! Talvez “Summer” seja substituída temporariamente dos meus sonhos românticos com o professor...

Sim, e no meu sonho o Dall´anese diria pra mim, como na música: “Oh, pensando em todos nossos anos adolescentes... Havia só você e eu e nós éramos jovens, selvagens e livres! Agora nada pode levar você para longe de mim... nós estivemos naquela estrada antes” - [*nota da blogueira: leram? ESTRADA! Tá na música!!! Continuando...] – “Mas isso terminou agora... você me mantém voltando para você...”

E então, ele colocaria suas mãos sobre o meu rosto, olharia bem no fundo dos meus olhos e diria...

Prof. Dall´anese [no sonho, course!]: Endie, você é tudo que eu quero. E quando você está deitada aqui em meus braços, eu estou achando difícil de acreditar... Nós estamos no céu...

E eu diria...

Eu: Não professor... não estamos no céu! Estamos numa sala de aula e eu não estou deitada nos seus braços. Eu estou sentada na sua mesa...

E com aquela luz iluminando apenas ele e eu, ele, ainda com aquele olhar romântico e assutadoramente perdido, me diria...

Prof. Dall´anese: Tudo bem... tudo bem... mas... amor é tudo o que eu preciso! E eu achei isto lá em seu coração... Não é muito difícil para ver. Nós estamos no céu...

E eu, irritada [afinal, eu tô na TPM], diria:

Eu: Não! NÃO ESTAMOS NO CÉU!!! ESTAMOS NA FACULDADE!!! FA – CUL – DA – DE!!!

Tá bom. Tá bom. Eu não ia falar desse jeito. Na verdade, eu o agarraria logo, faria sexo selvagem com ele na sala dos professores e ainda pixaria a sala do Coordenador do curso de ADM com os seguintes dizeres: “Prof. Denis Donaire: SUA MÃE TÁ NA ZONAAAAA!!!” Uhauahauahauahauhauahuaha...

Afe! Estou com variações de humor tão repentinas que chegam a me assustar...