19.2.07
Segunda-feira de carnaval, acho que 80% do país em festa, pulando ou recuperando-se da farra. Eu tô aqui em casa, com uma preguiça enooooooorme de viver, mas ao contrário de outros anos, desta vez não estou tão enfurecida com o Carnaval. Vez ou outra, à noite, me pego assistindo ao desfile das escolas, acho algumas coisas bem bizarras (como aquelas garotas com muito mililitros de silicone ou aqueles carros alegóricos extremamente grotescos) e outras bem bonitas (como a comissão de frente de uma escola, que imitava um quadro do Portinari). Ainda mantenho algumas opiniões xiitas sobre esses quatro dias, confesso que ver o Padre Marcelo "fantasiado" de goleiro foi uma coisa meio dantesca (e que me fez dar várias gargalhadas), mas a gente vai ficando mais velho o que também significa ficar menos radical e vai aceitando as coisas, vai aceitando...
Na sexta feira chegou o DVD de Ghost World que eu comprei. Usado, pois não consegui encontrar um novo em lugar algum. Acabei achando esse no Mercado Livre e, vejam só: o DVD está perfeito! A capa, o disco, tudo! Aí eu assisti o filme na Sexta, no Sábado e no Domingo. E vou assistir hoje de novo. Adoro a Enid!
Fui comprar cigarros na padaria e encontrei uma menina que estudou comigo na sexta série, a Adriana. Dei um "oi" todo pimpão, falei até o nome dela mas ela não me reconheceu. Ficou naquele "oi... oi... oi... ahn...?". "Camila", eu disse. Ela está gorda, estranha, acho que ela virou crente porque estava com uma daquelas saias de crente e um cabelo de crente... Que coisa... Acho que ela não me reconheceu por causa do meu cabelo.
Às vezes eu acho que as pessoas temem ficar em casa ou trabalhando em feriados, em especial, no Carnaval. É como se fosse uma blasfêmia, "onde já se viu, ficar em casa no carnaval?". Parece que existe uma cobrança eterna, como se ficar em casa não pudesse ser bom também. É estranho, porque as pessoas preferem ir à praia, ter suas bolsas e carteiras roubadas, ficar 45 minutos na fila do pãozinho, ter de compartilhar a areia com crianças malcriadas e farofeiros sem educação a ficar em suas casas e caminhar pelo bairro, ir tomar um sorvete na padaria, andar de bicicleta, estender uma rede no quintal e ficar lendo, sair com um amigo para tomar uma cerveja sem se preocupar em achar vaga pra estacionar ou lugar para sentar.
Tanta coisa boa pra se fazer, as pessoas batalham tanto pelo seu espaço, por uma casa e depois, é como se sentissem raiva dela, querendo sair dali a qualquer custo e por qualquer sequência de dias em que não tenham de trabalhar. As pessoas não sabem mais aproveitar as coisas simples.
Na sexta feira chegou o DVD de Ghost World que eu comprei. Usado, pois não consegui encontrar um novo em lugar algum. Acabei achando esse no Mercado Livre e, vejam só: o DVD está perfeito! A capa, o disco, tudo! Aí eu assisti o filme na Sexta, no Sábado e no Domingo. E vou assistir hoje de novo. Adoro a Enid!
Fui comprar cigarros na padaria e encontrei uma menina que estudou comigo na sexta série, a Adriana. Dei um "oi" todo pimpão, falei até o nome dela mas ela não me reconheceu. Ficou naquele "oi... oi... oi... ahn...?". "Camila", eu disse. Ela está gorda, estranha, acho que ela virou crente porque estava com uma daquelas saias de crente e um cabelo de crente... Que coisa... Acho que ela não me reconheceu por causa do meu cabelo.
Às vezes eu acho que as pessoas temem ficar em casa ou trabalhando em feriados, em especial, no Carnaval. É como se fosse uma blasfêmia, "onde já se viu, ficar em casa no carnaval?". Parece que existe uma cobrança eterna, como se ficar em casa não pudesse ser bom também. É estranho, porque as pessoas preferem ir à praia, ter suas bolsas e carteiras roubadas, ficar 45 minutos na fila do pãozinho, ter de compartilhar a areia com crianças malcriadas e farofeiros sem educação a ficar em suas casas e caminhar pelo bairro, ir tomar um sorvete na padaria, andar de bicicleta, estender uma rede no quintal e ficar lendo, sair com um amigo para tomar uma cerveja sem se preocupar em achar vaga pra estacionar ou lugar para sentar.
Tanta coisa boa pra se fazer, as pessoas batalham tanto pelo seu espaço, por uma casa e depois, é como se sentissem raiva dela, querendo sair dali a qualquer custo e por qualquer sequência de dias em que não tenham de trabalhar. As pessoas não sabem mais aproveitar as coisas simples.