12.6.04
O CAOS
Eu estava quietinha no meu canto.
Sim. Quietinha.
E eu tava levando a minha vida numa boa: ficando bêbada com os amigos, gritando com meu cachorro, trocando de amor como quem troca de sapato, ouvindo as minhas bandas esquisitas, disputando a TV com meu irmão, tocando com a banda, chutando o pneu do meu carro velho e comendo o pão de queijo que o chefe amassou, no emprego capitalista que rende meu dinheiro mercenário.
Sim. Estava tudo bem.
A minha vida estava ótima! As coisas estavam na sua devida ordem! Tudo correndo conforme eu havia planejado: sem desvios durante o trajeto, sem escalas no vôo, sem fermento a mais na massa do bolo, sem jujubas azuis no pacote de doce e sem ervilha na torta de frango.
TUDO ESTAVA PERFEITO!
Mas aí, o que é que acontece?
Você percebe que o próprio caos está instalado na sua vida!
Que você teve de desviar seu trajeto, porque ele te fez furar o pneu do seu carro.
Que o seu vôo teve de fazer uma escala em Mossororó das Letras por que ele gritou “bomba” dentro do avião.
Que o potinho de fermento foi derramado por inteiro na massa quase pronta, e o seu bolo se transformou numa réplica perfeita do Maracanã.
Que todas as jujubas azuis estavam num único pacote e que você as comeu todas de uma vez achando que eram as jujubas vermelhas.
E que duas latas de seleta de legumes, daquelas lotadas de ervilhas, foram utilizadas na torta que você ia começar a comer naquele instante...
E agora, não há mais como você fugir do caos.
Que ele vai continuar ali por algum tempo e, por mais que ele não queira ser o caos, definitivamente, ele já é.
E que toda aquela coisa de querer poupar e ser poupado é pura besteira, porque se era pra poupar, não deveria nem ter se aproximado.
Que o caos é interessante, é inteligente, é legal, é bonito, fala bem, te faz rir e ainda por cima, lê o seu blog!
E o meu recado pro caos é justamente o de que eu também quero ser o caos! Mas, se eu não puder sê-lo, que ao menos você deixe as coisas como elas estavam antes...
Eu estava quietinha no meu canto.
Sim. Quietinha.
E eu tava levando a minha vida numa boa: ficando bêbada com os amigos, gritando com meu cachorro, trocando de amor como quem troca de sapato, ouvindo as minhas bandas esquisitas, disputando a TV com meu irmão, tocando com a banda, chutando o pneu do meu carro velho e comendo o pão de queijo que o chefe amassou, no emprego capitalista que rende meu dinheiro mercenário.
Sim. Estava tudo bem.
A minha vida estava ótima! As coisas estavam na sua devida ordem! Tudo correndo conforme eu havia planejado: sem desvios durante o trajeto, sem escalas no vôo, sem fermento a mais na massa do bolo, sem jujubas azuis no pacote de doce e sem ervilha na torta de frango.
TUDO ESTAVA PERFEITO!
Mas aí, o que é que acontece?
Você percebe que o próprio caos está instalado na sua vida!
Que você teve de desviar seu trajeto, porque ele te fez furar o pneu do seu carro.
Que o seu vôo teve de fazer uma escala em Mossororó das Letras por que ele gritou “bomba” dentro do avião.
Que o potinho de fermento foi derramado por inteiro na massa quase pronta, e o seu bolo se transformou numa réplica perfeita do Maracanã.
Que todas as jujubas azuis estavam num único pacote e que você as comeu todas de uma vez achando que eram as jujubas vermelhas.
E que duas latas de seleta de legumes, daquelas lotadas de ervilhas, foram utilizadas na torta que você ia começar a comer naquele instante...
E agora, não há mais como você fugir do caos.
Que ele vai continuar ali por algum tempo e, por mais que ele não queira ser o caos, definitivamente, ele já é.
E que toda aquela coisa de querer poupar e ser poupado é pura besteira, porque se era pra poupar, não deveria nem ter se aproximado.
Que o caos é interessante, é inteligente, é legal, é bonito, fala bem, te faz rir e ainda por cima, lê o seu blog!
E o meu recado pro caos é justamente o de que eu também quero ser o caos! Mas, se eu não puder sê-lo, que ao menos você deixe as coisas como elas estavam antes...