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20.6.04


“NUM RI NÃO, SUA VAGABUNDA!”

A gente tinha ido ver um amigo dele tocar num lugar que pertence à duas tiazinhas: mãe e filha. Filha, uns 60 anos... Mãe, uns 85...

E lá estávamos nós, no exercício de sempre, conhecendo todas as nossas glândulas salivares, quando a vovózinha aparece e começa a perguntar onde estão as coisas dela... E eu e ele lá, com cara de paisagem... E a velhinha enjuriada, querendo saber das coisas dela. Começou a dizer que éramos “dois ladrõezinhos”... Que iríamos “fornicar”! Bicho... na hora que a velha disse isso, num deu pra agüentar. Eu já tava me contendo pra não dar uma gargalhada daquela situação toda. E na hora do “fornicar”, então... Num deu! Comecei a rir! Meio que disfarçadamente mas, sim... eu ri.

Foi aí que a velhinha me olhou e disse:

Velhinha: Num ri não, sua vagabunda!

Ele falou perto do meu ouvido “fica de boa” e é claro que eu jamais iria brigar com aquela vovó, independente dela me dizer isso ou não! Ela devia estar meio esclerosada mesmo, isso era nítido... Mas o lance todo foi muito engraçado, porque a velha era brava! Imagine uma vovó de cabelo todo branquinho, de casaquinho e vestidinho, com a maior cara de fofinha... dizendo: "Num ri não, sua vagabunda"!!! UAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH!!! Ela era, definitivamente, a velhinha daquele clipe da Madonna, o "What I fell like for a Girl"... velhinha do mal, cara... Do Mal!!!

Achei melhor a gente descer antes que eu tivesse uma crise de risos. Daqueles histéricos...

* * *

DJ Club. Lugar bacana e com o menor índice de fotologgers posers de SP. Noite com setlist dos anos 80. Muito Smiths e muita felicidade no coraçãozinho da Endora, depois de tanta música bacana...

No meio da música do Kiss [que, diga-se de passagem, rendeu uma conversa muito engraçada e non-sense com a Dona Amélia e com a Dona Água hoje, no msn], acaba a energia. Sim, sim... pista escura. Zero de luz. NADA! Apenas, uma meia dúzia de isqueiros [inclusive o meu] acesos para fazer uma graça...

Definitivamente...

...o escuro é perigoso... provoca falta de ar...

Endora... Endora... calma... respira fundo... é só um beijo... é só um abraço... é só um puxão de cabelo... é só uma mão por dentro da sua blusa... é só...

Endora: Pára meu!

Ele: Por quê? Num tô fazendo nada...

Eu: Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade! Reitor da Faculdade!

Ele: Olha só! Eu sou um cara tímido, quieto...

Imagina se num fosse...

E aquela luz que num voltava e aquele menino me dando aqueles agarrões e me fazendo ter os pensamentos mais pecaminosos...

Eu: Pááááááááááááááára! Pára tudo!

Ele: Tá bom. Eu páro.

Eu: É... pára...

Pára, antes que eu comece a tirar sua roupa aqui e te jogue no meio da pista, faça sexo selvagem com você na frente de todo mundo e seja presa por atentado violento ao pudor!

Aí a luz voltou. Mas não adiantou nada. Eu continuei sendo tentada a praticar atos libidinosos e durante muitos momentos tive de pensar no Humberto Gessinger para evitar qualquer tipo de ato insano...

Nessa hora, eu agradeci por ser mulher mas, ao mesmo tempo, lamentei. Agradeci porque meu corpo não reflete o meu estado de desejo sexual, o que me permite andar calma e tranqüilamente, por mais vontade que eu tenha de fazer sexo naquele instante. E lamento porque, a natureza me deixa inútil durante uma semana por mês! E justamente, no fim de semana em que eu vou sair com ele, isso acontece...

Independente, de qualquer coisa, o bom é que...

- Eu fui numa padaria mega cool;
- Eu ganhei abração por várias vezes;
- Eu dei risada e falei sobre coisas toscas;
- Eu fiquei tão desnorteada que, na hora de ir embora, dei ré no carro ao invés de ir pra frente;
- Sem contar que ficamos dando “voltas” na Anchieta por alguns minutos...

Rá rá! E se eu fosse você, ia dar voltas na Anchieta também!!!