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29.3.04


I AM THE CHAMPION, MA FREUND!

E quando eu falo que baixistas são bonzinhos, ninguém acredita.

Sim, porque o Filipe, baixista da banda, viveu uma odisséia urbana junto comigo, tentando me levar pra casa de carro no sábado. Tudo bem que eu havia dito a ele que eu sabia mais ou menos o caminho. Ou pelo menos achava isso. A questão é que a gente ficou umas duas horas andando de carro... Fomos até a Bandeirantes, depois voltamos, demos um rolê pelo Ipiranga, depois voltamos... E ficamos rodando, rodando, rodando... até que uma hora ele resolveu fazer o caminho que ele sabia e a gente finalmente chegou ao ABC. Duas horas depois de termos saído da Av. Paulista...

O engraçado foi que, a gente tinha tomado cerveja e, no meio do caminho, me deu uma puta vontade de ir ao banheiro. Só que eu achei que era só eu! Até ele me dizer que precisava parar no posto que tinha logo à frente e eu, claro, compartilhei desse momento desaguado e falei que precisava suprir as minhas necessidades fisiológicas também...

Filipe: E eu, que tava com vergonha de falar que precisava ir ao banheiro...

Eu: Vai, Filipe! Pára logo que eu tô apertadaaaaaaaaa!!!

Contando assim pode parecer meio bobo, mas na hora foi engraçado... os dois saindo do carro ao mesmo tempo e entrando correndo no banheiro...

Depois disso, chegamos à conclusão que éramos pessoas bem melhores com alguns litros de álcool a menos no sangue...

E esse menino é totalmente louco! A gente tava no carro e ele fazia umas coisas muito non-sense como, por exemplo, parar o carro a milímetros do carro da frente, fazer curvas acelerando e passar alguns faróis vermelhos. Tá, a gente tava ouvindo Smashing Pumpkins e o som era empolgante! Nunca ouçam Pumpkins quando estiverem dirigindo! Você corre um grande risco de fazer coisas absurdas e irresponsáveis, motivado por músicas tão legais! Se você estiver ouvindo “1979” então...! Vai querer se sentir no clipe e aí... Fuck Off! Mas... foi legal! Faltou apenas o cavalo-de-pau... Rá!

E na hora que a minha mãe chegou pra me buscar, foi a mesma ladainha de sempre: “Você bebeu!”, “Isso não é hora de me chamar pra te buscar”, “Você é uma adulta!”, “Você tem de ser responsável!!!”. E eu simplesmente tampei meus ouvidos e, enquanto ela falava, fiquei cantando:

Eu: Lá... lá lá láralálááááááááááááá... láralálááááááááááááá... Hey Jude! Ju-Ju-Jude Jude Jude Jude! Lá... lá lá láralálááááááááááááá...

Mamãe Endora [me dando uns tapas no braço]: Endora! Eu tô falando com você! Presta atenção! Pára com isso!!! Parece criança!

Eu: Lá... lá lá láralálááááááááááááá... láralálááááááááááááá... Hey Jude!

Mamãe Endora: É por isso que seu irmão tá assim! Agora ele não me escuta mais e fica fazendo isso também... eu falo com ele e ele começa a cantar alguma coisa lá que eu não sei o que é... só pra me irritar!

Eu: Mãe, eu pelo menos canto Beatles. Você conhece e pode até cantar junto, ó... vâmo lá: Lá... lá lá láralálááááááááááááá... láralálááááááááááááá... Hey Jude!

Agora, momento “Milagres acontecem”: Eu fiz um macarrão ontem! É!!! E ficou gostoso! Eu até comi duas vezes!!!

Foi algo até que meio cinematográfico: fiz questão de, na hora em que eu tava colocando o molho no macarrão, ali, todo bonitão, selar esse momento célebre com uma música especial. Peguei o CD do Queen do meu pai e...

[molho sendo despejado no macarrão]

“Weeeeeeeee are the champion, my frieeeeend!”...

[coisinhas verdes – que eu não sei como chamam, mas que são boas – sendo despejadas sobre o macarrão]

“And weeeeeeeee’ll keep on fighting till the eeeeeeeeend!”

[queijo ralado sendo despejado sobre o molho]

“We are the champions! We are the champions! No time for losers... ‘cause we are the champions...”

[eu, levantando a travessa imponente do macarrão, enquanto meu cachorro olhava faminto por um dos macarrões parafuso...]

Eu: "OF THE WOOOOOOOORLD!!!”