9.2.04
UBATUBA - PARTE II: LUAUS E LANHOUSES
Rolando um luau na areia...
Rê: Huuuuuum... carinhas bunituuuuuuus!
Cris: Ó o de regata vermelha... u-huuuuuu! Vem neném!!!
Vânia: Essa Cris é tosca meu! Que foi, Endie? Que é que chama tanto a sua atenção do outro lado da rua? Tem algum bonitinho lá?
Eu: Não... tem uma lanhouse...
* * *
Ainda na areia, curtindo o luauzinho tosco...
Cris: Ó... o carinha tá olhando...
Eu: . . .
Rê: Num ouviu a Cris, não?
Eu: Hã?
Vânia: Ai, Endie! Alôoooou?
Eu: Nem, meu... tô fora... ow, pra quem você tá dando tchauzinho? Ei, quem você tá chamando?
Vânia: Ah, o cara tava olhando...! Chamei o cara pra vir aqui...
Rê: Ô beleza! Tá vindo um monte deles...
Eu: Cris, você volta dirigindo? Acho que eu bebi demais...
Cris: Se eu voltar né? Porque o cara da regata vermelha tá chegando... ooooooi!
* * *
Aproximações à la “Discovery Channel”
“Os espécimes do sexo masculino dessa raça exibem seu corpo através de vestimentas sem mangas, inflam o peito e esticam o pescoço... as espécimes do sexo feminino, por sua vez, ficam mostrando constantemente a palma das mãos, mexendo nos cabelos e fazendo movimentos labiais que imitam o bico dos patos...”
As linguagens corporais humanas, no momento da aproximação que antecedem o acasalamento, deveriam ser tema de um documentário inteiro do Discovery Channel...
“Existem também os espécimes que não se adequam aos padrões especificados pelo grupo do sexo oposto. Estes, ao perceber a aproximação desses espécimes, mantêm uma distância considerável de seu grupo, passando a se alimentar de bastonetes nicotinosos e líquidos que produzem alterações comportamentais...”
Espécime do sexo oposto interessado no acasalamento com a Cris: Sua amiga ali tem o mesmo problema do meu amigo, é?
Cris: Qual o problema do seu amigo?
Espécime do sexo oposto interessado no acasalamento com a Cris: Sei lá... só sei que ele preferia ter ficado em casa na frente do computador a ter de vir aqui com a gente...
Cris: Ah! Mas olha que coincidência! Eu acho que eles nasceram um pro outro!!! Não que a Endie seja tão nerd como o seu amigo... mas ela também A – DO – RA essas coisas tecnológicas das quais eu não entendo nada...
Eu: Cris, fala um pouco mais baixo porque eu tô ouvindo todos os seus “elogios” daqui...
Cris: Ô amiga... vem cá... joga esse voto de castidade no mar e vem conhecer o amiguinho nerd aqui do... do... do... qual o seu nome mesmo?
Fernando: Fernando.
Cris: FERNANDO! Não esqueço mais! Fernando, Fernando, Fernando! [cochichando pra mim]: Me lembra se eu esquecer!
Eu: Tá... pode deixar que eu não vou esquecer o nome do Maurício...
Cris: Ai, gracinha... então Maurício... quer dizer, Fernando... chama o seu amigo pra ficar aqui com a gente... tipo, coitado do cara! Vai ficar lá sozinho?
E o boçal chamou o amigo, ele sentou ali perto e não tava pra muita conversa... Nem eu. Na verdade, eu tava de olho na lanhouse do outro lado da rua...
Nesse momento, já tava todo mundo se catando, beijando, rolando na areia... e eu lá, fumando. Ele lá, mexendo na areia com um pauzinho...
Ele: Suas amigas?
Eu: Sim.
Ele: Qual o seu nome, desculpa?
Eu: Endora.
Ele: Vinícius, prazer.
Eu: Prazer.
Ele: Você é de São Paulo?
Eu: Santo André.
Ele: Ah tá... eu sou de Ribeirão Preto.
Eu: Legal.
Ele: Legal nada. Lá só tem rodeio... é uma bosta...
Eu: Uhauahauha... ah é? Por quê? Do que é que você gosta?
Ele: Eu gosto de rock.
Eu: Que tipo de rock?
Ele: Já ouviu falar de uma banda chamada “Darkness”?
Eu: Ah já... eles são meio anos 80... o vocal deles tem um cabelão e usa umas roupas meio Dave Lee Roth...
Ele: É! Nossa! Você é a primeira pessoa que eu conheço pra quem eu não tenho que explicar quem são os caras... você curte Darkness também?
Eu: Nem... na verdade, eu gosto mais de rock alternativo... nem curto mais bandas como Darkness, Iron Maiden, Van Halen... já curti no passado...
Ele: Ah, tipo... você deve curtir White Stripes, Vines, essas coisas?
Eu: Mais ou menos isso... eu gosto mais assim... de Placebo, Buffalo Tom, Manic Street Preachers, Beck...
Ele: Manic Street Preachers eu conheço...
E seguiu-se uma conversa de não-afinidades musicais, mas que serviram pra enriquecer a minha cultura inútil sobre bandas de metal. E acho que ele também aumentou a sua cultura inútil sobre bandas alternativas... foi então que...
Ele: Parece que você tá querendo ir embora...
Eu: Eu? Por quê?
Ele: Sei lá... você fica olhando pro outro lado da rua e...
Eu: Não.. não... é que tem uma lanhouse lá... eu tava afim de dar uma passada lá...
Ele: Beleza... eu também quero ver meus e-mails e ...
Eu: Ah! Então vâmo!
Rê: Ei, ei, ei!!! Onde cês vão?
Ele e eu: Na Lanhouse!
Continua... [amanhã tem a parte final, eu juro!]
Rolando um luau na areia...
Rê: Huuuuuum... carinhas bunituuuuuuus!
Cris: Ó o de regata vermelha... u-huuuuuu! Vem neném!!!
Vânia: Essa Cris é tosca meu! Que foi, Endie? Que é que chama tanto a sua atenção do outro lado da rua? Tem algum bonitinho lá?
Eu: Não... tem uma lanhouse...
* * *
Ainda na areia, curtindo o luauzinho tosco...
Cris: Ó... o carinha tá olhando...
Eu: . . .
Rê: Num ouviu a Cris, não?
Eu: Hã?
Vânia: Ai, Endie! Alôoooou?
Eu: Nem, meu... tô fora... ow, pra quem você tá dando tchauzinho? Ei, quem você tá chamando?
Vânia: Ah, o cara tava olhando...! Chamei o cara pra vir aqui...
Rê: Ô beleza! Tá vindo um monte deles...
Eu: Cris, você volta dirigindo? Acho que eu bebi demais...
Cris: Se eu voltar né? Porque o cara da regata vermelha tá chegando... ooooooi!
* * *
Aproximações à la “Discovery Channel”
“Os espécimes do sexo masculino dessa raça exibem seu corpo através de vestimentas sem mangas, inflam o peito e esticam o pescoço... as espécimes do sexo feminino, por sua vez, ficam mostrando constantemente a palma das mãos, mexendo nos cabelos e fazendo movimentos labiais que imitam o bico dos patos...”
As linguagens corporais humanas, no momento da aproximação que antecedem o acasalamento, deveriam ser tema de um documentário inteiro do Discovery Channel...
“Existem também os espécimes que não se adequam aos padrões especificados pelo grupo do sexo oposto. Estes, ao perceber a aproximação desses espécimes, mantêm uma distância considerável de seu grupo, passando a se alimentar de bastonetes nicotinosos e líquidos que produzem alterações comportamentais...”
Espécime do sexo oposto interessado no acasalamento com a Cris: Sua amiga ali tem o mesmo problema do meu amigo, é?
Cris: Qual o problema do seu amigo?
Espécime do sexo oposto interessado no acasalamento com a Cris: Sei lá... só sei que ele preferia ter ficado em casa na frente do computador a ter de vir aqui com a gente...
Cris: Ah! Mas olha que coincidência! Eu acho que eles nasceram um pro outro!!! Não que a Endie seja tão nerd como o seu amigo... mas ela também A – DO – RA essas coisas tecnológicas das quais eu não entendo nada...
Eu: Cris, fala um pouco mais baixo porque eu tô ouvindo todos os seus “elogios” daqui...
Cris: Ô amiga... vem cá... joga esse voto de castidade no mar e vem conhecer o amiguinho nerd aqui do... do... do... qual o seu nome mesmo?
Fernando: Fernando.
Cris: FERNANDO! Não esqueço mais! Fernando, Fernando, Fernando! [cochichando pra mim]: Me lembra se eu esquecer!
Eu: Tá... pode deixar que eu não vou esquecer o nome do Maurício...
Cris: Ai, gracinha... então Maurício... quer dizer, Fernando... chama o seu amigo pra ficar aqui com a gente... tipo, coitado do cara! Vai ficar lá sozinho?
E o boçal chamou o amigo, ele sentou ali perto e não tava pra muita conversa... Nem eu. Na verdade, eu tava de olho na lanhouse do outro lado da rua...
Nesse momento, já tava todo mundo se catando, beijando, rolando na areia... e eu lá, fumando. Ele lá, mexendo na areia com um pauzinho...
Ele: Suas amigas?
Eu: Sim.
Ele: Qual o seu nome, desculpa?
Eu: Endora.
Ele: Vinícius, prazer.
Eu: Prazer.
Ele: Você é de São Paulo?
Eu: Santo André.
Ele: Ah tá... eu sou de Ribeirão Preto.
Eu: Legal.
Ele: Legal nada. Lá só tem rodeio... é uma bosta...
Eu: Uhauahauha... ah é? Por quê? Do que é que você gosta?
Ele: Eu gosto de rock.
Eu: Que tipo de rock?
Ele: Já ouviu falar de uma banda chamada “Darkness”?
Eu: Ah já... eles são meio anos 80... o vocal deles tem um cabelão e usa umas roupas meio Dave Lee Roth...
Ele: É! Nossa! Você é a primeira pessoa que eu conheço pra quem eu não tenho que explicar quem são os caras... você curte Darkness também?
Eu: Nem... na verdade, eu gosto mais de rock alternativo... nem curto mais bandas como Darkness, Iron Maiden, Van Halen... já curti no passado...
Ele: Ah, tipo... você deve curtir White Stripes, Vines, essas coisas?
Eu: Mais ou menos isso... eu gosto mais assim... de Placebo, Buffalo Tom, Manic Street Preachers, Beck...
Ele: Manic Street Preachers eu conheço...
E seguiu-se uma conversa de não-afinidades musicais, mas que serviram pra enriquecer a minha cultura inútil sobre bandas de metal. E acho que ele também aumentou a sua cultura inútil sobre bandas alternativas... foi então que...
Ele: Parece que você tá querendo ir embora...
Eu: Eu? Por quê?
Ele: Sei lá... você fica olhando pro outro lado da rua e...
Eu: Não.. não... é que tem uma lanhouse lá... eu tava afim de dar uma passada lá...
Ele: Beleza... eu também quero ver meus e-mails e ...
Eu: Ah! Então vâmo!
Rê: Ei, ei, ei!!! Onde cês vão?
Ele e eu: Na Lanhouse!
Continua... [amanhã tem a parte final, eu juro!]
