20.1.04
ENDORA, 22 ANOS. VICIADA EM BRYAN ADAMS E CORROMPIDA
E eu sou uma pessoa extremamente propensa a vícios. Talvez seja por isso que eu recusei todas as drogas que já me ofereceram nessa vida, pois eu sempre soube que, se eu experimentasse, ia gostar de todas elas. Eu já havia me rendido ao fumo e ao álcool e isso bastava.
Apesar de eu ter conseguido parar de roer as unhas, hoje me vejo dependurada em mais dois vícios, além do Marlboro Lights e da vodka Balalaika: fazer desenhos pro fotolog e ouvir Bryan Adams.
Vamos começar pelo menos grave: fazer desenhos pro fotolog.
Eu acordo de madrugada pra fazer desenho. Eu deixo de almoçar pra fazer desenho. Eu durmo todo dia depois das duas da manhã porque fico fazendo desenho. E a demanda também tá grande. Todo dia chegam uns quatro ou cinco e-mails com foto do povo pra eu desenhar. Mas eu nem estresso, porque eu tô curtindo fazer isso.
E o melhor de tudo é quando eu termino o desenho. Fico olhando pra ele, admirando... é a motivação para fazer o próximo. Não sou das mais talentosas, mas acho que meus desenhos ficam bonitinhos quando impressos... E pra quem acreditava que não tinha talento pra nada, acho que, pelo menos pra isso eu sirvo.
Agora, vamos para a pior parte: estar viciada no CD “Minha História Internacional – Bryan Adams”. É... o CD paleozóico da minha mãe. Aquele que estava abandonado no fundo da gaveta. Aquele que foi excomungado da prateleira dos CD´s da sala. Aquele que estava quase virando enfeite de aro de bicicleta. Aquele que... ah! Vocês já entenderam!
E Bryan Adams é bem droga mesmo. No sentido literal da palavra. Porque o efeito que ele teve em mim foi como o de uma droga mesmo! Olha só: primeiro eu comecei ouvindo apenas “Heaven”. Tudo bem que eu ouvia 325.785 vezes seguidas. Mas era SÓ “Heaven”.
Agora não. Agora o negócio tá ficando feio: eu estou ouvindo todas as músicas do CD... “Summer Of´69”, “It´s Only Love” com a Tina Turner... tem também aquela do filme “Robin Hood”... Puuuuuutz... “Please Forgive Me”: essa mata! MAS EU NÃO TÔ CONSEGUINDO DEIXAR DE OUVIR ESSA PORRA!!!
E com droga é aquele tal negócio: consumir sozinho não tem graça.
Ontem, Lelê e eu no msn...
[Eu] Meu, num consigo parar de ouvir Bryan Adams... Mas “Heaven” é tão linda...
[Lelê] Eu num sei que música que é essa...
[Eu] Sabe sim! É que você num tá lembrando!!! É mó antiga essa música... acho que já foi até tema de novela...
[Lelê] Me manda!
[Eu] Mas eu num tenho em mp3. Só em CD!
[Lelê] Vou procurar no Kazaa... É “Heaven” ou “Heavens”?
[Eu] É “Heaven”.
[Lelê] Meu, num aparece nada no Kazaa!
[Eu] Procura por nome do artista: Bryan Adams.
[Lelê] Eu acho que ele bloqueou todas as músicas dele no Kazaa! Num é possível!
[Eu] Você tem áudio aí no seu micro?
[Lelê] Tenho!
[Eu] Então liga o som que eu vou ligar meu microfone aqui e ponho perto das minhas caixinhas de som...
Só que, não sei porque cargas d´água, não rolava a conexão com áudio...
[Eu] Que bosta!
[Lelê] Tá desligando sozinho...
[Eu] Ai, Lê! Você tem de ouvir essa música!
[Lelê] É! Agora eu quero saber que porra de música é essa!
[Eu] Meu! Já sei! Liga no meu celular rapidão.
[Lelê] Passa o número aê que eu tô com preguiça de abrir minha agenda...
Passei o número e, em menos de cinco segundos, lá estava ela ao telefone...
Lelê: Meu... eu tenho de falar baixinho porque tá todo mundo dormindo aqui...
Eu: Beleza... ó, vou colocar o celu perto das caixinhas... ouve a música...
“Oh, thinkin' about all our younger years... There was only you and me...
We were young and wild and freeeeeeeeeeee...”
[Lelê] AAAAAAAAAAAHHHHH!!! Eu conheço essa música... é bonita mesmo...
E o som rolando by caixinhas to celular, enquanto a gente continuava no msn...
[Eu] Bryan Adams é demaaaaaaaaaaaais!!!
[Lelê] É... essa música é bonita... ó, desliguei...
Ou seja, não basta usar. Tem de compartilhar com os amigos.
E o pior é que... tipo... a música nem é tão ruim... tem umas baladinhas assim que... olha... vou te contar uma coisa, Sileide! Tipo... é música de fazer sexo, tá ligado? Daquelas bem românticas, meio sussurradas com aquela voz rouca do Bryan... ai... na boa: dá próxima vez que eu for fazer sexo na minha vida [que eu não faço idéia de quando vai ser], vai ter de rolar uma trilha sonora do Bryan Adams, de preferência com “Heaven” ou “Do I Have To Say The Words”. E ai do indivíduo que brochar ou não corresponder às minhas expectativas, porque eu não vou deixar que ninguém faça com que eu me lembre de algo frustrante ao ouvir Bryan Adams novamente!!!
O foda é que é o som do cara é muito pop... tem uma música que é uma cópia deslavada de “Everybody Want´s To Rule World” do Tears for Fears. O riff de guitarra é apenas IGUAL. Mas, como eu disse: droga vicia. E eu tô viciada em Bryan Adams...
E eu sou uma pessoa extremamente propensa a vícios. Talvez seja por isso que eu recusei todas as drogas que já me ofereceram nessa vida, pois eu sempre soube que, se eu experimentasse, ia gostar de todas elas. Eu já havia me rendido ao fumo e ao álcool e isso bastava.
Apesar de eu ter conseguido parar de roer as unhas, hoje me vejo dependurada em mais dois vícios, além do Marlboro Lights e da vodka Balalaika: fazer desenhos pro fotolog e ouvir Bryan Adams.
Vamos começar pelo menos grave: fazer desenhos pro fotolog.
Eu acordo de madrugada pra fazer desenho. Eu deixo de almoçar pra fazer desenho. Eu durmo todo dia depois das duas da manhã porque fico fazendo desenho. E a demanda também tá grande. Todo dia chegam uns quatro ou cinco e-mails com foto do povo pra eu desenhar. Mas eu nem estresso, porque eu tô curtindo fazer isso.
E o melhor de tudo é quando eu termino o desenho. Fico olhando pra ele, admirando... é a motivação para fazer o próximo. Não sou das mais talentosas, mas acho que meus desenhos ficam bonitinhos quando impressos... E pra quem acreditava que não tinha talento pra nada, acho que, pelo menos pra isso eu sirvo.
Agora, vamos para a pior parte: estar viciada no CD “Minha História Internacional – Bryan Adams”. É... o CD paleozóico da minha mãe. Aquele que estava abandonado no fundo da gaveta. Aquele que foi excomungado da prateleira dos CD´s da sala. Aquele que estava quase virando enfeite de aro de bicicleta. Aquele que... ah! Vocês já entenderam!
E Bryan Adams é bem droga mesmo. No sentido literal da palavra. Porque o efeito que ele teve em mim foi como o de uma droga mesmo! Olha só: primeiro eu comecei ouvindo apenas “Heaven”. Tudo bem que eu ouvia 325.785 vezes seguidas. Mas era SÓ “Heaven”.
Agora não. Agora o negócio tá ficando feio: eu estou ouvindo todas as músicas do CD... “Summer Of´69”, “It´s Only Love” com a Tina Turner... tem também aquela do filme “Robin Hood”... Puuuuuutz... “Please Forgive Me”: essa mata! MAS EU NÃO TÔ CONSEGUINDO DEIXAR DE OUVIR ESSA PORRA!!!
E com droga é aquele tal negócio: consumir sozinho não tem graça.
Ontem, Lelê e eu no msn...
[Eu] Meu, num consigo parar de ouvir Bryan Adams... Mas “Heaven” é tão linda...
[Lelê] Eu num sei que música que é essa...
[Eu] Sabe sim! É que você num tá lembrando!!! É mó antiga essa música... acho que já foi até tema de novela...
[Lelê] Me manda!
[Eu] Mas eu num tenho em mp3. Só em CD!
[Lelê] Vou procurar no Kazaa... É “Heaven” ou “Heavens”?
[Eu] É “Heaven”.
[Lelê] Meu, num aparece nada no Kazaa!
[Eu] Procura por nome do artista: Bryan Adams.
[Lelê] Eu acho que ele bloqueou todas as músicas dele no Kazaa! Num é possível!
[Eu] Você tem áudio aí no seu micro?
[Lelê] Tenho!
[Eu] Então liga o som que eu vou ligar meu microfone aqui e ponho perto das minhas caixinhas de som...
Só que, não sei porque cargas d´água, não rolava a conexão com áudio...
[Eu] Que bosta!
[Lelê] Tá desligando sozinho...
[Eu] Ai, Lê! Você tem de ouvir essa música!
[Lelê] É! Agora eu quero saber que porra de música é essa!
[Eu] Meu! Já sei! Liga no meu celular rapidão.
[Lelê] Passa o número aê que eu tô com preguiça de abrir minha agenda...
Passei o número e, em menos de cinco segundos, lá estava ela ao telefone...
Lelê: Meu... eu tenho de falar baixinho porque tá todo mundo dormindo aqui...
Eu: Beleza... ó, vou colocar o celu perto das caixinhas... ouve a música...
“Oh, thinkin' about all our younger years... There was only you and me...
We were young and wild and freeeeeeeeeeee...”
[Lelê] AAAAAAAAAAAHHHHH!!! Eu conheço essa música... é bonita mesmo...
E o som rolando by caixinhas to celular, enquanto a gente continuava no msn...
[Eu] Bryan Adams é demaaaaaaaaaaaais!!!
[Lelê] É... essa música é bonita... ó, desliguei...
Ou seja, não basta usar. Tem de compartilhar com os amigos.
E o pior é que... tipo... a música nem é tão ruim... tem umas baladinhas assim que... olha... vou te contar uma coisa, Sileide! Tipo... é música de fazer sexo, tá ligado? Daquelas bem românticas, meio sussurradas com aquela voz rouca do Bryan... ai... na boa: dá próxima vez que eu for fazer sexo na minha vida [que eu não faço idéia de quando vai ser], vai ter de rolar uma trilha sonora do Bryan Adams, de preferência com “Heaven” ou “Do I Have To Say The Words”. E ai do indivíduo que brochar ou não corresponder às minhas expectativas, porque eu não vou deixar que ninguém faça com que eu me lembre de algo frustrante ao ouvir Bryan Adams novamente!!!
O foda é que é o som do cara é muito pop... tem uma música que é uma cópia deslavada de “Everybody Want´s To Rule World” do Tears for Fears. O riff de guitarra é apenas IGUAL. Mas, como eu disse: droga vicia. E eu tô viciada em Bryan Adams...
